Descubra os três transtornos alimentares mais comuns e aprenda como abordá-los de forma adequada


Três transtornos alimentares mais comuns

Quando os sentimentos de culpa acompanham uma refeição, prato ou alimento, é importante estar atento. Isso pode ser um indício de transtornos alimentares, que podem levar a problemas graves desencadeados pelas crenças e comportamentos relacionados à comida.

Embora a causa exata dos transtornos alimentares seja desconhecida, os pesquisadores acreditam que eles são causados por uma interação complexa de fatores genéticos, biológicos, psicológicos e sociais.

Esses transtornos são mais comuns em mulheres e frequentemente surgem durante a adolescência e a idade adulta, mas também podem se desenvolver na infância ou em fases mais maduras da vida.
Eles afetam a capacidade do corpo de obter nutrição adequada e podem até provocar doenças cardíacas ou renais.

A nutricionista Bárbara Munari explica os três transtornos alimentares mais comuns:

1. Anorexia: ocorre quando a pessoa restringe severamente o consumo de alimentos, resultando em uma perda de peso significativa. A pessoa tem uma distorção da imagem corporal e um medo intenso de ganhar peso, mesmo que já esteja muito magra.

2. Bulimia: nesse caso, a pessoa geralmente tem um peso normal ou um pouco acima do peso.
Ela possui uma forte distorção da imagem corporal e pode ter episódios de compulsão alimentar.
Para compensar esses episódios, que são excessos alimentares ou alimentos considerados "engordativos", a pessoa recorre a comportamentos compensatórios, como vômitos autoinduzidos, exercícios físicos excessivos ou uso de medicamentos que provocam diarreia.

3. Compulsão alimentar: pessoas com compulsão alimentar consomem uma quantidade de alimentos muito maior do que a maioria das pessoas e sentem uma falta de controle durante esses episódios.
Elas se sentem extremamente cheias e podem ficar mal devido ao excesso de alimentos ingeridos.
Além disso, tendem a comer rapidamente, em grandes volumes e, às vezes, sozinhas por vergonha do que estão comendo.

Se você identifica algum desses sintomas em si mesmo ou em alguém próximo, é importante buscar apoio profissional.
Bárbara ressalta a importância de procurar a ajuda de um psicólogo, psiquiatra ou nutricionista ao perceber qualquer um desses sinais.
Muitas pessoas relutam em admitir que têm um problema ou um transtorno alimentar, adiando o tratamento e tornando o quadro mais difícil de ser tratado.

Sinal vermelho para dietas restritivas

Para evitar transtornos alimentares, é necessário ter cuidado com dietas restritivas.
Bárbara sugere que, se a pessoa deseja emagrecer, deve procurar um nutricionista em vez de seguir as orientações de blogueiras ou fazer dietas por conta própria.

Existem diversos tipos de dietas com restrições alimentares, como a low carb, o jejum intermitente ou a dieta dos pontos, que podem levar ao desenvolvimento de transtornos alimentares.
A nutricionista enfatiza a importância de prevenir o uso dessas dietas restritivas.

Tratamentos

Os tratamentos para os transtornos alimentares são personalizados de acordo com as necessidades de cada pessoa e geralmente envolvem uma equipe multidisciplinar.

Essa equipe pode incluir um nutricionista especializado em transtornos alimentares, um psicólogo especializado em terapia cognitivo-comportamental e um psiquiatra. É fundamental procurar profissionais especializados no assunto, pois a abordagem inadequada pode piorar o quadro.

Os tratamentos podem incluir:

- Psicoterapia: a terapia individual pode abordar padrões cognitivos e comportamentais negativos relacionados à comida e ajudar a modificá-los.

- Monitoramento médico: trata das complicações médicas decorrentes dos transtornos alimentares.

- Acompanhamento nutricional: o nutricionista auxilia na adoção de uma alimentação saudável para alcançar e manter um peso adequado.

- Medicamentos: em alguns casos, medicamentos como antidepressivos, antipsicóticos e estabilizadores de humor podem ser prescritos para tratar transtornos alimentares graves e amenizar sintomas de depressão e ansiedade associados a esses transtornos.

Em casos graves, pode ser necessária a internação hospitalar. Portanto, é fundamental iniciar o tratamento o mais cedo possível para evitar complicações.

Se você conhece alguém com um transtorno alimentar, é importante incentivar essa pessoa a procurar ajuda profissional.

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