Estudo mostra que composto do gengibre ativa o sistema imunológico

O composto do gengibre, conhecido como gingerol, presente no gengibre fresco, foi objeto de estudo liderado pela

diretora do Instituto Leibniz em Freising, Alemanha, Veronika Somoza. A pesquisa revelou que o gingerol pode ter

efeitos no sistema imunológico, ajudando a manter as células em estado de alerta e auxiliando na prevenção da ação

de bactérias invasoras.

O gingerol é responsável pelo sabor picante e ardente da raiz do gengibre. No organismo, o receptor TRPV1, presente nas células, desempenha a função de identificar esse estímulo.

O estudo revelou que o receptor TRPV1 foi identificado nos neutrófilos, que são leucócitos abundantes no sangue humano, representando de 60% a 70% de todos os glóbulos brancos circulantes. Essas células imunes são as primeiras a serem recrutadas para áreas de infecção e combatem células invasoras.

No experimento, o gingerol foi detectado no sangue entre 30 a 60 minutos após o consumo de um litro de chá de gengibre. Os níveis mais elevados de gingerol alcançaram concentrações plasmáticas de aproximadamente sete a 17 microgramas por litro.

Além disso, o estudo investigou a ação do composto em outros tipos de células. Comparadas às células de controle, os neutrófilos estimulados mostraram uma reação cerca de 30% mais intensa a um peptídeo que simulava uma infecção bacteriana.

Vamos com calma

Segundo Somoza, os resultados da pesquisa apoiam a ideia de que a ingestão regular de quantidades comuns de gengibre pode modular as respostas celulares do sistema imunológico.

No entanto, ela ressalta que ainda há muitas questões não respondidas em níveis moleculares, epidemiológicos e médicos, que requerem estudos adicionais sobre alimentação e saúde. Essas informações são da revista IstoÉ Dinheiro.

Portanto, é importante aguardar mais pesquisas antes de tirar conclusões definitivas sobre os efeitos do gengibre no sistema imunológico.

Além disso, é essencial lembrar que o consumo excessivo de qualquer substância pode ser prejudicial à saúde. A pesquisa de Somoza não deve ser interpretada como um incentivo ao consumo exagerado de gengibre.